A actual ministra da Educação, à semelhança dos nossos navegadores dos descobrimentos, pretende alcançar o seu destino, navegando por rotas mais a Ocidente, algo tenebrosas repletas de ventos e tempestades. Ora, propondo-se insaciavelmente a navegar em errada direcção, dificilmente chegará ao seu destino.
Como se não bastasse a abstinência perante o diálogo com os mais directos interlocutores e principais visados em todo o processo de avaliação dos professores, que não passa só pelos próprios docentes, mas igualmente pelos pais e respectivos alunos, a actual Ministra da Educação demonstra uma total ausência de sentido de responsabilidade e de democraticidade pela forma sempre austera e arrogante com que olha todos os envolvidos no processo e que com ele não concordam, e o manifestam de modo expresso e livre.
Como é óbvio, sou a favor de uma avaliação que se revele rigorosa ao desempenho dos professores.
Não posso é concordar com o actual modelo de avaliação. Se o mesmo fosse de facto muito bom, não levantaria tanta indignação por parte dos responsáveis pelo ensino dos nossos filhos, o mesmo é dizer, responsáveis pelo futuro educacional das actuais e próximas gerações.
Uma nação só se constrói assente num modelo de educação, o qual tem de ser sério, rigoroso, exigente, e o mais consensual possível, para se poder tornar credível. Dentro do modelo de educação escolhido, teremos naturalmente a avaliação dos docentes, a qual terá de ir de encontro às exigências do modelo onde se insere.
A avaliação dos professores, parece-me, na opinião de pai e de ex-aluno, que primeiro passará por ter um cunho essencialmente externo, e em segundo lugar, passará por ter em consideração, fundamentalmente, aspectos como o trabalho na sala de aula, a avaliação e o sucesso dos alunos. Neste ultimo particular, confunde-se muitas vezes o sucesso dos alunos com as notas dadas pelos professores. O sucesso do aluno não é a nota algo elevada com que é “brindado” pelo docente, mas sim, aquilo que na realidade foi a aprendizagem que assimilou e sedimentou na sua essência enquanto ser e que lhe irá servir de suporte à sua adequada evolução e cresimento educacional.
Com efeito, a avaliação dos professores, terá que passar por um significativo leque de parâmetros de avaliação como sejam o ministrar das aulas, o seu planeamento, a realização dos testes e os seus resultados, tudo envolto na interacção entre professor e alunos.
A forma correcta com que se poderá adoptar um sistema que contemple os mais diversos parâmetros avaliativos, caberá sempre ao Governo e à Ministra da Educação encontrá-la, para bem do sucesso do ensino no nosso país.
São por isso urgentes mudanças nas políticas da Educação, num cenário que continua a ser marcado pela insensibilidade e teimosia dos mais altos responsáveis políticos pelo sector.
Quem perde com tudo o que se tem vindo a assistir, são principalmente os alunos que não estão inseridos num ambiente que se pretendia tranquilo e harmonioso e que propugnasse a aprendizagem e o seu crescimento educacional.
Em abono da verdade apetece-me trazer à colação uma frase muitas vezes repetida “Existe hoje um problema gravíssimo na Educação e a Ministra faz parte dele. Se não tem coragem para o resolver de forma equilibrada, dê lugar a quem a tenha".
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