Em entrevista à RTP N, o ex-lider do PSD, Luís Filipe Menezes, entre outras considerações críticas à actual liderança do partido, afirmou ter sido pressionado e ameaçado por ter indiciado e concretizado a intenção de avançar com um inquérito à supervisão bancária por parte do Banco de Portugal.
As dúvidas e curiosidade legítimas suscitadas perante a opinião pública e a comunicação social por essas declarações, aliadas à coincidência de terem ocorrido novos e graves acontecimentos sobre a vida interna de uma outra instituição financeira nas últimas horas, suscitam a necessidade do seguinte esclarecimento:
Foram públicas e notórias as críticas permanentes, duras, variadas e concertadas, muitas ilegítimas, de dezenas de agentes políticos social democratas à anterior liderança. A propósito delas, nas últimas semanas, vários dirigentes do PSD, por exemplo Marco António Costa no programa “Corredor do Poder”, indiciaram conhecer razões graves e justificativas da tomada de posição que conduziu ao pedido de demissão de Luís Filipe Menezes. A título de exemplo emblemático, factos ligados ao caso ”inquérito à supervisão financeira”.
Depois dessas declarações exigia-se o esclarecimento. Na pré-citada entrevista, Luís Filipe Menezes, afirmou ter sido pressionado e ameaçado por agentes políticos relevantes do PSD e ter sofrido mesmo uma baixa na sua Comissão Política Nacional, por ter avançado com o inquérito parlamentar em apreço.
Assim foi. Demitiu-se da Comissão Política o Senhor Joaquim Coimbra. Essa demissão ficou “congelada” após o mesmo ter sido esclarecido sobre o verdadeiro enquadramento que suscitou, com alargado consenso e informação trocada entre órgãos de soberania e algumas das mais importantes lideranças institucionais da banca, a razoabilidade do inquérito, que, como se conhecerá a curto prazo, permitiu não só impedir a devassa indiscriminada do sistema financeiro e, deveria ter permitido, reenquadrar atempadamente a modernização de todo o sistema de supervisão.
Essa demissão, que por estas razões não foi pública, fez, contudo, com que o Senhor Joaquim Coimbra, nunca mais tivesse participado em qualquer tipo de reunião ou iniciativa partidária. Uma demissão “congelada”, mas uma demissão de facto.
Todavia, apesar desse facto merecer um enquadramento explicativo mais adequado, nada, até hoje, e esperamos que no futuro, fez com que o ex-líder do PSD deixasse de considerar o Senhor Joaquim Coimbra uma pessoa bem intencionada e séria.
Ao invés, as pressões, sofridas oralmente e por escrito, por parte de outras personalidades, atingiram as raias do imoral e insuportável. Ficam de lado todos os Membros da Comissão Política Nacional, Presidentes do Congresso e Conselho Nacional, Presidente e Direcção do Grupo Parlamentar e Secretário Geral, que foram impecáveis no apoio e solidariedade com a decisão tomada. Entre eles, com comportamento impecável, os ex-membros do governo, Fernando Couto dos Santos, Arlindo de Carvalho, Feliciano Barreiras Duarte, Paulo Pereira Coelho e José Manuel Canavarro.
Ou seja, ex-membros do Governo, ex-Ministros, visados pelas críticas, não eram, obviamente, membros da equipa que colaborava com Luís Filipe Menezes.
Todavia essas pressões, ameaças (porque se pode qualificar de ameaça, acenar com a convocação imediata de Conselhos Nacionais ou Congressos, visando a destituição da Direcção, acenar com a promoção de campanhas negras encomendadas a agencias de comunicação visando a destruição da imagem pessoal e familiar do líder, acenar com a constituição de novos partidos, etc.) repetiram-se em várias circunstâncias, com particular ênfase quando esta temática foi debatida e suscitou a iniciativa parlamentar conhecida.
Dado este esclarecimento, não deixará de haver uma abordagem mais aprofundada sobre este assunto, através de um livro, a sair brevemente, em que serão explicitadas as variadas vicissitudes do um consulado de 8 meses de uma liderança reformadora, defensora intransigente da democracia participada e da transparência.
Pelo Gabinete de Imprensa de Luís Filipe Menezes em 21 de Novembro de 2008.
Pedro Fonseca
As dúvidas e curiosidade legítimas suscitadas perante a opinião pública e a comunicação social por essas declarações, aliadas à coincidência de terem ocorrido novos e graves acontecimentos sobre a vida interna de uma outra instituição financeira nas últimas horas, suscitam a necessidade do seguinte esclarecimento:
Foram públicas e notórias as críticas permanentes, duras, variadas e concertadas, muitas ilegítimas, de dezenas de agentes políticos social democratas à anterior liderança. A propósito delas, nas últimas semanas, vários dirigentes do PSD, por exemplo Marco António Costa no programa “Corredor do Poder”, indiciaram conhecer razões graves e justificativas da tomada de posição que conduziu ao pedido de demissão de Luís Filipe Menezes. A título de exemplo emblemático, factos ligados ao caso ”inquérito à supervisão financeira”.
Depois dessas declarações exigia-se o esclarecimento. Na pré-citada entrevista, Luís Filipe Menezes, afirmou ter sido pressionado e ameaçado por agentes políticos relevantes do PSD e ter sofrido mesmo uma baixa na sua Comissão Política Nacional, por ter avançado com o inquérito parlamentar em apreço.
Assim foi. Demitiu-se da Comissão Política o Senhor Joaquim Coimbra. Essa demissão ficou “congelada” após o mesmo ter sido esclarecido sobre o verdadeiro enquadramento que suscitou, com alargado consenso e informação trocada entre órgãos de soberania e algumas das mais importantes lideranças institucionais da banca, a razoabilidade do inquérito, que, como se conhecerá a curto prazo, permitiu não só impedir a devassa indiscriminada do sistema financeiro e, deveria ter permitido, reenquadrar atempadamente a modernização de todo o sistema de supervisão.
Essa demissão, que por estas razões não foi pública, fez, contudo, com que o Senhor Joaquim Coimbra, nunca mais tivesse participado em qualquer tipo de reunião ou iniciativa partidária. Uma demissão “congelada”, mas uma demissão de facto.
Todavia, apesar desse facto merecer um enquadramento explicativo mais adequado, nada, até hoje, e esperamos que no futuro, fez com que o ex-líder do PSD deixasse de considerar o Senhor Joaquim Coimbra uma pessoa bem intencionada e séria.
Ao invés, as pressões, sofridas oralmente e por escrito, por parte de outras personalidades, atingiram as raias do imoral e insuportável. Ficam de lado todos os Membros da Comissão Política Nacional, Presidentes do Congresso e Conselho Nacional, Presidente e Direcção do Grupo Parlamentar e Secretário Geral, que foram impecáveis no apoio e solidariedade com a decisão tomada. Entre eles, com comportamento impecável, os ex-membros do governo, Fernando Couto dos Santos, Arlindo de Carvalho, Feliciano Barreiras Duarte, Paulo Pereira Coelho e José Manuel Canavarro.
Ou seja, ex-membros do Governo, ex-Ministros, visados pelas críticas, não eram, obviamente, membros da equipa que colaborava com Luís Filipe Menezes.
Todavia essas pressões, ameaças (porque se pode qualificar de ameaça, acenar com a convocação imediata de Conselhos Nacionais ou Congressos, visando a destituição da Direcção, acenar com a promoção de campanhas negras encomendadas a agencias de comunicação visando a destruição da imagem pessoal e familiar do líder, acenar com a constituição de novos partidos, etc.) repetiram-se em várias circunstâncias, com particular ênfase quando esta temática foi debatida e suscitou a iniciativa parlamentar conhecida.
Dado este esclarecimento, não deixará de haver uma abordagem mais aprofundada sobre este assunto, através de um livro, a sair brevemente, em que serão explicitadas as variadas vicissitudes do um consulado de 8 meses de uma liderança reformadora, defensora intransigente da democracia participada e da transparência.
Pelo Gabinete de Imprensa de Luís Filipe Menezes em 21 de Novembro de 2008.
Pedro Fonseca
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