sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O CASO FREEPORT.2

Ainda há poucos dias ouviamos o nosso 1º Ministro num comunicado ao Pais a defender-se das suspeições que lhe são levantadas a propósito do caso Freeport, afastando qualquer responsabilidade quanto aos actos de carácter administrativo e criminal indiciadores de irregularidades que o processo de licenciamento daquela infra-estrutura eventualmente padece, e que como sabemos têm vindo a público pela comunicação social nos últimos tempos.
Ontem voltamos a assistir a um novo comunicado, desta feita, para reforçar o anterior e lançar a auréola da vitimização.
Amigos, para quem acompanha há muitos anos as lides políticas, por dentro e por fora, facilmente percebe que este tipo de comportamento perante a opinião pública pode ter subjacente uma típica jogada de antecipação por parte do Governo. Em vez de serenamente deixar a investigação criminal seguir o seu rumo e deixar-se levar pelo desenrolar dos acontecimentos, os quais têm forte possibilidade de poderem vir a agravar-lhe a imagem e credibilidade, como que se colocando numa situação de cozedura em banho-maria com os inevitáveis custos políticos daí decorrentes, derivado do arrastar da situação no tempo, de outra sorte dá claros sinais de poder dar início a uma orquestrada campanha pela existência de uma instabilidade governativa que obrigue à demissão do actual Governo e à realização de eleições legislativas antecipadas. Dirão alguns que esta leitura não tem qualquer sustentabilidade perante o momento actual que vivemos. Todavia aguardemos para ver como correm os próximos capítulos desta novela da vida política real e quais as suas consequências.

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